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segunda-feira, janeiro 19, 2009

Sobre dar e receber

A atenção, a paciência e o interesse: quero tudo de volta.

Pode colocar tudo numa caixa dessas de papelão que toda casa sempre tem, tipo as de cesta básica, e me entregar, mesmo que via sedex a cobrar, que isso hoje em dia não tem mais preço pra mim.

O tempo desperdiçante das vacas gordas (sentido metafórico, ok Helô?) já acabou.

quinta-feira, junho 05, 2008

Eu sou estranha

Faço tudo ao contrário.

Do avesso, mesmo. Das formas mais complicadas e que só eu entendo. Me enrosco, tropeço, caio, enfim, me estrepo. Mas faço. Eu quebro a cara, na maioria das vezes.

Mas quer saber? Como sempre, eu não me importo.

Vamos que vamos. No fim o que acaba valendo a pena são as histórias bonitinhas que eu vou inventar pra gente, as músicas onde eu vou tentar nos encaixar e os posts que eu vou fazer no meu blog.

E ô, lá em casa, viu! Ô, lá em casa limpando, cozinhando e lavando, tudo isso pra mim e ao som de Belle and Sebastian!

Ai, ai.

domingo, maio 18, 2008

(Not) Together


vida, vida...
por que vc não
me saiu como
um dueto
do marvin gaye com a
mary wells
?

quarta-feira, maio 14, 2008

Clichê, pero no mucho

Ele me promete um livro que não se encontra mais em nenhuma livraria ou sebo, mas porque tem uma cópia sobrando na estante. Passa todo o período em que fatalmente nos encontraremos me prometendo o presente, até que a data expira e não nos vemos mais com a mesma frequência. Mas num dado evento, nos encontramos e ele diz que finalmente dará a cópia do livro que me prometeu, anota meu endereço e telefone, diz que vai passar na minha casa pra me dar o presente e que me liga durante a semana para combinar.

E ele de fato liga! Pede pra que eu explique como faz pra chegar na minha casa para não se perder. Eu explico, e sabendo que logo ele tocará o interfone, troco de roupa - afinal, recebê-lo de pijamas seria um tanto quanto vexatório.

Assisto TV enquanto ele não chega, está passando Razão e Sensibilidade pela enésima vez no canal A&E Mundo, e eu estou vendo pela enésima vez tb, confortavelmente, de calça jeans, uma blusa cacharrel, um casaco de moleton levemente velho, meias amarelas com listras pretas e chinelos. Claro, eu não pretendo sair, e além do mais, eu adoro usar chinelo com meias dentro de casa.

E eis que o interfone toca. É ele. Saio à porta, ele está de pé, todo simpatia, todo sorrisos, tão vermelho quanto eu, não por vergonha, mas pelo tempo frio que queima as bochechas. Me abraça e me beija a face, diz que finalmente vai me dar o livro, que está na sua mão esquerda. Nota que é sexta à noite, e que eu não demonstro sinais de quem vai sair, por isso me convida para jantar fora: "vamos numa cantina italiana"!

Se fosse simplesmente para colocar o tênis e sair, ótimo. Mas eu preciso me arrumar, preciso estar à altura do evento, afinal ele está bem vestido e perfumado, e eu não quero parecer maltrapilha apesar de adorar andar desse jeito.

O convido para entrar enquanto me arrumo, e ele fica na sala assistindo o resto de Razão e Sensibilidade na TV, inclusive me diz que Hugh Laurie, o Dr. House da série da Universal, é coadjuvante do filme e que ele é muito amigo da Emma Thompson. Eu digo, "nossa, eu nem imaginava, que legal, é mesmo?", achando aquela nova-intimidade um tanto estranha e me retiro.

Fico pronta em 15 minutos, saio do quarto pensando que a linha preta que fiz com lápis na pálpebra inferior direita ficou torta, mas ele se levanta do sofá, eu desligo a tv, tranco a porta e vamos para o tal restaurante.

Fazemos nosso pedido, peço gnocchi, afinal faz muito tempo que não como isso, e ele pede espaguete à putanesca. Pedimos vinho e conversamos sobre amenidades, carreiras, casualidades. Os pratos chegam, o que não nos impede de continuar conversando. E quando nos damos conta, já estamos ali há duas horas e quarenta e cinco minutos conversando, um tanto tontos e mais vermelhos, dessa vez pelo vinho.

Após ouvir uma piada, pouso minha mão sobre a dele, ele pousa sua taça de vinho sobre a mesa e me encara. Clima no ar. Frio na barriga. Será o minuto que antecede o beijo? Ele aproxima seu rosto ao meu. Estamos quase de lábios colados.

Mas eu não consigo continuar escrevendo esse parágrafo. Simplesmente travo. Enquanto vc lê estas linhas, saiba: eu não consigo continuar a cena além do parágrafo acima.

Tudo porque soube que, tanto quanto eu, ele também gosta de homens, e por isso minha cabeça não consegue fantasiar mais que isso. Mas quem sabe não sejamos amigos, quem sabe ele não me ajude a escolher o homem apropriado para mim? Todos os meus amigos gays têm um ótimo gosto para isso, por que não ele també?

Eu sei, isso é um tanto quanto frustrante. Era bom demais para ser verdade! E de qualquer forma, eu sempre vou olhar pra ele e pensar feito caminhoneiro, "ô lá em casa"...

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Now playing: Paul McCartney & WINGS - Mamunia
via FoxyTunes

quarta-feira, abril 30, 2008

Sobre livros e outros demônios

Três livros na minha estante me assombram um pouco, de vez em quando: duas graphic novels do Sandman e um livro da Marian Keyes. Não me pertencem, foram emprestados. E com o desenrolar de alguns fatos, eu nunca mais consegui abrí-los. Eles me assustam um pouco porque toda vez em que eu os observo na estante, metaforicamente me sinto um livro também, na estante de outra pessoa. De qualquer forma, os livros ainda estão lá, e eu não sei o que isso pode representar. Acho que somente livros, mesmo, blocos de papel impresso, encadernados e com capa, nada mais, e que de vez em quando eu tiro o pó. E a tendência é empoeirarem de vez.

Em algum canto do quarto, adormece um livro de poesias do Neruda. Um volume um tanto maldito, devo dizer. Perdoname, Pablo, mas não vou gostar tão cedo assim de vc. Depois de algum tempo, talvez eu compre algo diferente de sua autoria. Mas eu penso seriamente em botar fogo nesse volume adormecido, porque ele não contém boas energias, definitivamente.

Há também um Goethe, que eu preciso retornar logo à dona. Seria mais fácil se nos víssemos com maior freqüência.

Eu gosto mesmo é dos meus García Márquez; gosto mesmo é dos meus Nick Hornbys; gosto mesmo é dos meus Bukowskis; gosto mesmo é das minhas HQs.

Sem me esquecer que também tenho emprestado Cem Anos de Solidão, da minha tia, 31 Canções, do Thiago e Ejaculações Precoces, do Boris.

Mas esses não me entristecem.

segunda-feira, abril 14, 2008

O grande bode

O grande bode veio a cavalo, nesse final de semana, e me acertou em cheio, por isso bodeei, fiquei com muita preguiça.

Do contrário do que se pensa, não daquele tipo de preguiça que se tem de não fazer nada, mas preguiça de uns e outros. Porque eu me esforço pra agradar gregos e troianos, eu sei, mas às vezes quero ser mais grega do que troiana, e mais troiana que grega nos outros momentos.

Preguiça de atitudes exageradas. Preguiça dos eu-te-amos por conveniência, e eu sempre me ferro por causa deles. Oh, que puxa.

Mas não vou abrir mão, não. Os gregos que se acostumem, porque também gosto de andar com troianos, e idem pros troianos, pq não vou deixar de estar com os gregos.

Gosto de passar meus momentos da forma que quero e que acho mais conveniente pro instante. Nos momentos de urgência, estarei ali, creia. Nas horas de diversão também, só que de forma natural, nunca forçada, mas porque quero.

Pro resto, se vc me pedir confete, vai levar tijolada. Hunf.

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Now playing on Windows Media Player: Foo Fighters - Long Road To Ruin
via FoxyTunes

sábado, abril 12, 2008

Horóscopo tardio

Pois é, Ego Astral, dessa vez vc chegou tarde demais no meu email.

quarta-feira, março 26, 2008

Frase da noite:

INTIMIDADE É UMA MERDA!

E tenho dito! rs

segunda-feira, março 24, 2008

Diga-me não...

...que eu concordo com vc, de dedos cruzados.

Não me teste. Ultimamente tenho andado no limite da minha paciência. Não tenho um quarto de século para enfiar na gaveta. E se não estou agindo da forma que vc acha correta, sorry. Se vc quer instruir alguém nesta altura do campeonato, acho melhor financiar os estudos de um analfabeto ou enviar dinheiro para alguma criança carente da África.

Me diga não, que lá dentro de mim eu berro sim e tudo o que eu vou ouvir vc dizer será "blablabla whiskas sachê"

Se esse post soa rebeldinha? Claro que soa. Mas eu prefiro me rebelar sempre a ver a vida passar voando na minha frente. E por enquanto, isso é tudo com o que eu quero me preocupar.

quinta-feira, março 20, 2008

Um triângulo

Antes de saber a verdade, ela me parecia uma garota legal. Quando fomos apresentadas, ela foi até bacana comigo. E pareceu-me que ela continuaria sendo legal. Da outra vez, quando a vi, não nos falamos muito. Mas não me importei, devia ser falta de oportunidade, e de qualquer forma eu era a novata ali. Só que o tempo passou, e de fato ela não era realmente tão bacana comigo quanto parecia ter sido à primeira instância. Enfim, uns meses depois eu fui descobrir o porquê, e quando descobri a verdade, não fiquei tão feliz assim. Eu sei, é o velho sentimento de culpa que sempre me acompanha, não importa se eu fiz ou não algo errado. O sentimento passou, mesmo eu tendo tentado me aproximar dela e mostrar que não era minha culpa, que eu não sabia. Um pouco em vão, mas vai saber. Eu tenho o direito de me defender, oras bolas! Só que não adiantou muito, e eu dei de ombros.

Daí, veio uma terceira na história e aconteceu comigo. Até entendi um pouco a personagem da primeira situação. Fiquei "bacana" igual, quando a terceira quis ser realmente bacana.

A única diferença é que eu sou a segunda da história, e não vou abrir a mão.

E que se explodam, dessa vez, as duas! Que eu não abro mão! Eu não abro mão!