sexta-feira, novembro 28, 2008

God save the Queen

Faltava muito pouco e eu já estava quase morrendode ansiedade. Até que apagaram as luzes e o maior telão de LCD do mundo começou a exibir uma animação em 3D: planetas, estrelas, o cosmo. Impossível não sentir as pernas bambearem e não começar a berrar. Estou do lado da Elissa, e ela me diz: "Eles bem que podiam abrir com 'Hammer To Fall', né?", e dali a pouco a música explode do palco. Vc passa a vida inteira ouvindo aquelas canções, e depois de uns poucos acordes, reconhece: é Hammer To Fall!


Entre as luzes piscantes, procuro desesperadamente por uma cabeleira morena no palco. Não demora muito e lá está ele: Brian May com sua clássica guitarra vermelha. Quando fixo o olhar pra frente, vejo que estou em linha reta com Roger Taylor, atrás da bateria. Será que um dia eu poderia imaginar que presenciaria os dois sobre um palco? Claro que não tínhamos John Deacon, que resolveu não excursionar mais. Um fato: se ele, o vocalista, ainda estivesse vivo, eu não estaria no Via Funchal a 30 metros do palco, e sim num estádio de futebol, a um quilômetro da banda. E se eu já me sinto anestesiada até agora, se ele estivesse vivo, imagino como estaria se eu tivesse visto na minha frente o Freddie Mercury.


Confesso que só fui descobrir quem realmente era o Paul Rodgers no final do show, que durante 2 horas e meia permaneceu simpaticamente sobre o palco, na dele. Afinal, tomar a frente do Queen como vocalista demanda certa responsa, certo? Mas ele representou bem sua função, cantando até algumas músicas do Bad Company e do Free. E falar o que, se o próprio Freddie Mercury queria que fosse assim?


E foi após o próprio cantar "Seagull", do Bad Company, que levam um banquinho para a frente do palco. Vem Brian May, simpático, senta e diz: "vcs querem cantar para o Freddie?". Que pergunta, Brian! É claro! Assim, os primeiros acordes de "Love Of My Life" começam a soar, para delírio maior da platéia, e em dado momento ele pára a música pra receber o carinho dos fãs ensandecidos (eu, por exemplo, já estava abrindo a boca de tanto chorar), que não paravam de gritar em coro, "Brian, Brian, Brian"...



Em seguida, ele toca uma das minhas preferidas, que é "'39", e interrompe a execução da mesma para chamar ao palco Roger Taylor e a banda que os acompanha na turnê.

Um contrabaixo acústico surge e a banda sai do palco, fica apenas o baixista tocando as notas no braço do instrumento e Roger Taylor batucando nas cordas, tirando o comecinho de "Under Pressure" e "Another One Bites The Dust". Daí ele senta na bateria ao lado, a banda volta e ele manda a sua "I'm In Love With My Car", tocando tão perfeitamente que pareceria um playback, não fosse a forma como era cantada.


(me desculpem, mas este post não tem como não ser extenso)

E é claro que o golpe baixo estava reservado para o encerramento do show. O palco fica vazio e novamente o maldito telão passa um vídeo do Freddie Mercury cantando a primeira parte de "Bohemian Rhapsody", entoada praticamente como uma oração. O resto da banda só volta na segunda parte, quando estoura o rockão. Em seguida, agradecem a platéia e se retiram.

Evidente que eles voltariam para o bis. Antes do show, na fila, estavam distribuindo pulseirinhas fluorescentes a rodo. Enquanto a banda não voltava, um gênio no camarote teve a idéia de jogar uma pulseirinha na platéia da pista. Resultado: uma chuva multicolorida de pulseirinhas fluorescentes iluminou o teto da casa de shows, porque todo mundo resolveu jogar pulseirinhas pro alto também.

Enfim, eles voltam e fecham com duas músicas do álbum novo ("Cosmos Rock") e com as clássicas "We Will Rock You" e "We Are The Champions". Tendo em consideração que Queen é a banda que eu ouço desde quando estava na barriga da minha mãe, acho que não preciso dizer mais nada, né? Simplesmente o dia mais feliz do meu 2008, que foi iluminado pela alma de um ser incomum que, tenho certeza, só estava ausente dali de forma material...


Top 5 de outros momentos igualmente fodas:
1- Platéia sincronizada batendo palmas em "Radio Ga Ga", como reza a coreografia;
2- Brian May tocando "Bijou" sozinho no palco com vídeo do Freddie Mercury cantando no telão;
3- O mesmo Brian enxugando as lágrimas do rosto ao final de "Love Of My Life", emocionado;
4- Descobrir que o Paul Rodgers é responsável por "All Right Now" (a maioria fez cara de "aaahhhh"),
5- Cantar "We Are The Champions" segurando a bandeira do Freddie Mercury.

Set List - 26/11/2008:
Hammer To Fall
Tie Your Mother Down
Fat Bottomed Girls
Another One Bites The Dust
I Want It All
I Want To Break Free
C-Lebrity
Surfs Up…Schools Out!
Seagull
Love Of My Life
39
I’m In Love With My Car
A Kind Of Magic
Say Its Not True
Bad Company
We Believe
Bijou
Last Horizon
Under Pressure
Radio Gaga
Crazy Little Thing Called Love
Show Must Go On
Bohemian Rhapsody

Bis:
Cosmos Rocks
All Right Now
We Will Rock You
We Are The Champions

(E apenas um fato inútil, mas hj qdo cheguei na agência, meu amigo disse que me viu numa matéria sobre o show no Jornal da Globo. Corri pro site da Globo e encontrei a reportagem com o vídeo. Tá que é de relance, mas quando cortam pra um cara com a bandeira do Freddie nas costas, abrem a cena e dá pra ver a Elissa, a Poli, o Luizinho (que é o cara da bandeira) e eu de costas, de calça preta e blusa azul :P)

***Ainda queria lembrar que hj é aniversário do meu querido amigo e eterno parceiro de pista, Arthur Netto, que completaria 33 anos deste calendário mundano, chato e sem graça. Pessoa ímpar que faz muita falta. Feliz aniversário, bruxo!***

sábado, novembro 22, 2008

EU VOU!

BEATLES + RONETTES!!!

(ok, era só pra descontrair, trouxe trabalho da agência pra fazer em casa, dá um desconto, vai...)

Top 5 shows que eu adoraria ver e que não poderei:
1- Beatles
2- Big Star
3- Badfinger
4- Marvin Gaye
5- Chet Baker

quinta-feira, novembro 20, 2008

Camelando


Sábado saí correndo para Sampa: tive a sorte de ganhar da Cris um ingresso pro show do Marcelo Camelo, no Citibank.

Gostei do álbum solo de estréia do cara. Algumas composições eu já conhecia, como "Liberdade" e "Santa Chuva", que eu já tive a sorte de não ouvir só na voz da Maria Rita, num show do Los Hermanos em 2004 que fui eles acabaram cantando. E como eu morro de saudades de ir a um show deles (sem dúvidas, a banda que mais vi ao vivo), o prato-cheio veio quando o cara resolveu cantar "Além do Que Se Vê".

Outro ponto forte também e que merece um enorme destaque é o Hurtmold, que acompanha o hermano. Sim, eles também têm o coração mole e se tornam músicos experimentais fofos!

Passando pro diz-que-diz, sobre Mallu Magalhães... acho meio estranho vc tocar violão, se dizer fã de Bob Dylan e saber tocar somente "It Ain't Me". Ela até tem uma voz bonita, mas algo nela não me desce. Eu a considero fofa demais, e, como eu digo pro meu cachorro de vez em quando, excesso de fofura cansa, rs. De qualquer forma, ela não fez nenhuma participação no show do seu namorado, e eu preferi "Janta" na voz só do Camelo, mesmo. E juro que se eles realmente estiverem namorando, vou ignorar o fato, igual à época em que ele gravou com Sandy & Junior!

Depois ainda tive pique para me acabar dançando no Clube Praga e no Milo Garage e amanhecer tomando café na Bella Paulista. FDS foi bom :)

domingo, novembro 09, 2008

Festival Planeta Terra


E lá se foi mais um festival, mais uma odisséia pra chegar ao local, tudo como geralmente sempre é! O Planeta Terra deste ano não me empolgou tanto quanto o do ano passado, mas a organização do festival faz compensar qualquer coisa.

Por incrível que pareça, foi muitíssimo surreal assistir o Offspring no Main Stage, banda que ouvi muito enquanto estava no colegial e até me surpreendi sabendo cantar algumas musiquinhas. Logo após, corri pro Indie Stage conferir Breeders, a patota sempre cool de Miss Kim Deal, que foi foda, foda, foda! A platéia quase veio abaixo na hora de "Miraculous Hammer" e, obviamente, "Cannonball" (som que me lembra a época em que comecei a assistir a MTV). Fantástico! E, logo após, corre de volta pro Main Stage pra ver Kaiser Chiefs. Mas eu tava tão cansada que acabei indo lá pro fundão, sozinha, ver o show de longe. Uma pena, pq foi realmente legal, é uma banda boa de verdade. E sem me esquecer tb do mérito de Jesus and Mary Chain, que eu peguei pela metade, mas foi igualmente maravilhoso.

Agora, sinceramente, só teria valido mais a pena se o maldito do Calvin Harris não tivesse cancelado o show dele. Confesso que o DJ filé-lindo-gostoso era o principal motivo da compra do meu ingresso! Caramba, eu nunca me interesso em música eletrônica, e qdo eu finalmente quero ver algo do gênero... o cara cancela!

DJ Filé! Venha logo pro Brasil! Hunf.

E pra fechar... alguém que foi saberia explicar pq os celulares não estavam funcionando direito? Era algum boicote da Oi?