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quinta-feira, junho 05, 2008

Eu sou estranha

Faço tudo ao contrário.

Do avesso, mesmo. Das formas mais complicadas e que só eu entendo. Me enrosco, tropeço, caio, enfim, me estrepo. Mas faço. Eu quebro a cara, na maioria das vezes.

Mas quer saber? Como sempre, eu não me importo.

Vamos que vamos. No fim o que acaba valendo a pena são as histórias bonitinhas que eu vou inventar pra gente, as músicas onde eu vou tentar nos encaixar e os posts que eu vou fazer no meu blog.

E ô, lá em casa, viu! Ô, lá em casa limpando, cozinhando e lavando, tudo isso pra mim e ao som de Belle and Sebastian!

Ai, ai.

domingo, junho 01, 2008

Minha primeira vez

Madrugada de sexta para sábado, tive meu primeiro surto de amnésia provocada pela vodka. Só sei que quando cheguei em casa, deitei na minha cama pra dormir e acordei no quarto dos meus pais. Não me pergunte como foi que isso aconteceu.

Pelo menos foi regado a vodka boa...

Stolichnaya Elit - A garrafa não parece uma lava lamp?





PS: das sugestões que a galera postou nos comentários do último post, definitivamente me esqueci de Beck, Ben Kweller, Ben Folds Five, Built To Spill e Buena Vista Social Club... como pude me esquecer deles? Valeu pelas sugestões, povo!

quarta-feira, maio 14, 2008

Clichê, pero no mucho

Ele me promete um livro que não se encontra mais em nenhuma livraria ou sebo, mas porque tem uma cópia sobrando na estante. Passa todo o período em que fatalmente nos encontraremos me prometendo o presente, até que a data expira e não nos vemos mais com a mesma frequência. Mas num dado evento, nos encontramos e ele diz que finalmente dará a cópia do livro que me prometeu, anota meu endereço e telefone, diz que vai passar na minha casa pra me dar o presente e que me liga durante a semana para combinar.

E ele de fato liga! Pede pra que eu explique como faz pra chegar na minha casa para não se perder. Eu explico, e sabendo que logo ele tocará o interfone, troco de roupa - afinal, recebê-lo de pijamas seria um tanto quanto vexatório.

Assisto TV enquanto ele não chega, está passando Razão e Sensibilidade pela enésima vez no canal A&E Mundo, e eu estou vendo pela enésima vez tb, confortavelmente, de calça jeans, uma blusa cacharrel, um casaco de moleton levemente velho, meias amarelas com listras pretas e chinelos. Claro, eu não pretendo sair, e além do mais, eu adoro usar chinelo com meias dentro de casa.

E eis que o interfone toca. É ele. Saio à porta, ele está de pé, todo simpatia, todo sorrisos, tão vermelho quanto eu, não por vergonha, mas pelo tempo frio que queima as bochechas. Me abraça e me beija a face, diz que finalmente vai me dar o livro, que está na sua mão esquerda. Nota que é sexta à noite, e que eu não demonstro sinais de quem vai sair, por isso me convida para jantar fora: "vamos numa cantina italiana"!

Se fosse simplesmente para colocar o tênis e sair, ótimo. Mas eu preciso me arrumar, preciso estar à altura do evento, afinal ele está bem vestido e perfumado, e eu não quero parecer maltrapilha apesar de adorar andar desse jeito.

O convido para entrar enquanto me arrumo, e ele fica na sala assistindo o resto de Razão e Sensibilidade na TV, inclusive me diz que Hugh Laurie, o Dr. House da série da Universal, é coadjuvante do filme e que ele é muito amigo da Emma Thompson. Eu digo, "nossa, eu nem imaginava, que legal, é mesmo?", achando aquela nova-intimidade um tanto estranha e me retiro.

Fico pronta em 15 minutos, saio do quarto pensando que a linha preta que fiz com lápis na pálpebra inferior direita ficou torta, mas ele se levanta do sofá, eu desligo a tv, tranco a porta e vamos para o tal restaurante.

Fazemos nosso pedido, peço gnocchi, afinal faz muito tempo que não como isso, e ele pede espaguete à putanesca. Pedimos vinho e conversamos sobre amenidades, carreiras, casualidades. Os pratos chegam, o que não nos impede de continuar conversando. E quando nos damos conta, já estamos ali há duas horas e quarenta e cinco minutos conversando, um tanto tontos e mais vermelhos, dessa vez pelo vinho.

Após ouvir uma piada, pouso minha mão sobre a dele, ele pousa sua taça de vinho sobre a mesa e me encara. Clima no ar. Frio na barriga. Será o minuto que antecede o beijo? Ele aproxima seu rosto ao meu. Estamos quase de lábios colados.

Mas eu não consigo continuar escrevendo esse parágrafo. Simplesmente travo. Enquanto vc lê estas linhas, saiba: eu não consigo continuar a cena além do parágrafo acima.

Tudo porque soube que, tanto quanto eu, ele também gosta de homens, e por isso minha cabeça não consegue fantasiar mais que isso. Mas quem sabe não sejamos amigos, quem sabe ele não me ajude a escolher o homem apropriado para mim? Todos os meus amigos gays têm um ótimo gosto para isso, por que não ele també?

Eu sei, isso é um tanto quanto frustrante. Era bom demais para ser verdade! E de qualquer forma, eu sempre vou olhar pra ele e pensar feito caminhoneiro, "ô lá em casa"...

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Now playing: Paul McCartney & WINGS - Mamunia
via FoxyTunes

sábado, setembro 29, 2007

Acho Um Pouco Bom (Cansei de Ser Sexy)

Hoje eu não vou sair de casa
Hoje eu não vou pisar na rua
Hoje eu não vou trocar de roupa
Não vou sair de casa
Hoje eu não quero ver a rua
Hoje eu não quero confusao
Hoje eu não quero ver pessoas
Não vou sair de casa

Acho um pouco bom(4x)

Hoje eu vou ficar ouvindo musica
Hoje eu vou ficar aqui dançando
Hoje eu vou ficar aqui na minha
Eu vou ficar sozinha
Hoje eu vou ficar aqui dançando
Hoje eu vou ficar aqui dançando
Hoje eu vou ficar aqui dançando

Ah tá!

Acho um pouco bom (4x)

(trim !!)

Ah não vou entender
(trim !!)
Eu não vou atender
(trim !! trim !!)
Eu não quero atender!
(trim !!)

segunda-feira, setembro 24, 2007

Mais uma

Essa definitivamente não é uma fase boa. Isso ainda vai dar merda. Isso ainda vai me consumir. Isso ainda vai ficar maior que eu. E eu que achei que havia solucionado tudo isso, me senti envenenada, como pode isso? Como pode? Não podia, não devia, eu não queria. Correção: eu não quero. Eu que prometi pra mim mesma quando criança que não passaria por isso.

Deve ser a falta de coca cola no organismo. Deve ser a falta. Deve ser a minha falta. Falta! Falta palavra, falta atenção, falta dinheiro, falta presença, falta coca-cola. Falta carinho. E somente sobram sete quilos a mais. É tudo o que eu tenho pra contar de ganho, nesses últimos tempos.

Que droga. Eu que queria ir tão longe, acho que não queria sair do lugar, também. Mas também me sobram os calos, e também é verdade que eu tenho sido mais dura. Algo que eu já devia ter me tornado, uma pessoa dura. Mas a verdade é que meus desejos de miss são mais fortes que os da ativista política.

Que droga. Eu só quero desamarrar esse nó da garganta e jogá-lo pra bem longe. Eu só quero abraçar o 1971 do Roberto Carlos e enfiar a cabeça na terra, tipo avestruz.

Ah, meu Deus. Tudo isso por ato mal feito e mal recebido. Não era pra ser, simplesmente. Tem coisas que não precisam acontecer, porque falta coragem, e se for pra ser feito pela metade, é melhor nem ser feito. Não vai ser melhor nem pra mim e nem pra você. Não vai ser. Pra mim, principalmente.

"(...)Tudo certo como dois e dois são ciiiincoooo(...)"

E dá licença, que eu vou sair correndo agora pra me tornar um acorde de qualquer música do 1971 do Roberto Carlos. Pode ser que a gente volte a se encontrar no especial de final de ano... Até lá.