quarta-feira, abril 30, 2008

Sobre livros e outros demônios

Três livros na minha estante me assombram um pouco, de vez em quando: duas graphic novels do Sandman e um livro da Marian Keyes. Não me pertencem, foram emprestados. E com o desenrolar de alguns fatos, eu nunca mais consegui abrí-los. Eles me assustam um pouco porque toda vez em que eu os observo na estante, metaforicamente me sinto um livro também, na estante de outra pessoa. De qualquer forma, os livros ainda estão lá, e eu não sei o que isso pode representar. Acho que somente livros, mesmo, blocos de papel impresso, encadernados e com capa, nada mais, e que de vez em quando eu tiro o pó. E a tendência é empoeirarem de vez.

Em algum canto do quarto, adormece um livro de poesias do Neruda. Um volume um tanto maldito, devo dizer. Perdoname, Pablo, mas não vou gostar tão cedo assim de vc. Depois de algum tempo, talvez eu compre algo diferente de sua autoria. Mas eu penso seriamente em botar fogo nesse volume adormecido, porque ele não contém boas energias, definitivamente.

Há também um Goethe, que eu preciso retornar logo à dona. Seria mais fácil se nos víssemos com maior freqüência.

Eu gosto mesmo é dos meus García Márquez; gosto mesmo é dos meus Nick Hornbys; gosto mesmo é dos meus Bukowskis; gosto mesmo é das minhas HQs.

Sem me esquecer que também tenho emprestado Cem Anos de Solidão, da minha tia, 31 Canções, do Thiago e Ejaculações Precoces, do Boris.

Mas esses não me entristecem.

2 comentários:

clabrazil disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
clabrazil disse...

Esse Ejaculações Precoces é bom?
Recomenda?

Acabei de ler Slam, do Hornby. Fofo demais.
Beijim,
Cla

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